A Torre do Relógio de Westminster e o Big Ben preocupa o Parlamento britânico que iniciou medidas para evitar que continuem inclinando. Em outubro passado, um estudo feito em parceria com o metrô de Londres para ampliação de uma de suas linhas na região revelou que a torre está inclinada 0,26 graus em direção a noroeste. Entre as propostas está a possibilidade de transferir temporariamente a sede parlamentar enquanto os trabalhos de reforma do edifício estiverem sendo realizados, informou a rede britânica BBC.
Além do Big Ben, o próprio Palácio de Westminster, reconstruído no século XIX e sede da Câmara dos Comuns desde 1950, sofre deteriorações e rachaduras em sua fachada. Especialistas garante que a inclinação é quase imperceptível e a antiga construção não corre risco de desmorona, mas um comitê formado pelos deputados quer discutir maneiras de evitar que o deslocamento aumente. Na agenda da sessão também está incluída uma proposta para que o prédio possa ser vendido – a medida mais improvável.
Com 96 metros de altura, a Torre do Relógio Big Ben é um dos cartões postais da capital britânica desde 1859. Em seus arredores foram construídos recentemente um estacionamento subterrâneo de cinco andares e vários túneis para a linha de metrô Jubilee, mas a inclinação é anterior a esses fatos, segundo especialistas.
“Quando comecei a trabalhar na construção do estacionamento era óbvio que já estava se inclinando. Sabemos disso há anos”, destacou o professor do Imperial College de Londres John Burland, responsável por supervisionar essas obras. Para Burland, o mais provável é que a inclinação tenha sido iniciada durante o próprio processo de construção da torre, antes de seu revestimento ter sido fixado.
Quanto às rachaduras no Palácio de Westminster, Burland disse que “estão ali há anos” e que, inclusive, podem ser “benéficas” para a estabilidade do prédio. A Torre do Relógio “se move em direção à linha Jubilee e esse movimento se concentrou ao redor das fendas. Se não fosse assim, nós as encontraríamos em outros lugares”, acrescentou Burland.
(Com BBC e Agência EFE)
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