O grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch informou que a seita islamista nigeriana Boko Haram matou pelo menos 935 pessoas desde que promoveu um levante em 2009. Somente em um ataque realizado na cidade de Kano na última sexta feira estima-se que o grupo tenha deixado cerca de 200 mortos.
Os números desse último ataque ainda não puderam ser divulgados oficialmente nem pela Polícia nem pela Cruz Vermelha, pois continuam recolhendo corpos e organizando dados. Nesta segunda-feira, mesmo três dias depois que a seita islâmica realizou um ataque mortal na cidade de Kano, policiais encontraram carros e vans cheios de explosivos no local.
Segundo a agência Reuters o grupo assumiu a responsabilidade por atentados contra igrejas, delegacias de polícia, instalações militares, bancos e bares na região norte, majoritariamente muçulmana. Abubakar Shekau, líder do grupo extremista, chegou a afirmar que o objetivo do grupo é exterminar todos os cristãos da Nigéria.
Em um vídeo publicado no Youtube Shekau justificou as ações do grupo dizendo que “essa catástrofe é causada pela incredulidade, a agitação é a incredulidade, a injustiça é a incredulidade, a democracia é a incredulidade e a constituição é a incredulidade”.
O presidente nigeriano Jonathan Goodluck tem sido duramente criticado por não conseguir conter a onda de violência que o Boko Haram tem imposto ao país. O líder do grupo terrorista chegou a desafiar o presidente afirmando que o governo do país não tem poder para conter as ações do grupo.
Essa impotência do governo diante da situação tem feito surgir boatos de que o grupo terrorista tem membros infiltrados na polícia, nas forças militares e até mesmo no governo do país.
O Boko Haram – que no idioma hausa significa “a educação ocidental é pecaminosa” – tem como modelo o Taliban do Afeganistão, e busca implantar um estado islâmico na Nigéria colocando a sharia (lei islâmica) como regra acima da própria Constituição do país.
Fonte: Gospel+
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