segunda-feira, 18 de julho de 2011

Missionários sobem a 4 mil metros para levar evangelho

 
Uma vez por semana missionários sobem 4 mil metros acima do nível do mar para levar a Palavra de Deus aos moradores de lugarejos distantes no Chile. Mas para isso acontecer só mesmo com a graça de Deus, revela o pastor Claudinei Godoi, missionário da Junta de Missões Mundiais naquele país.
“Gozamos da proteção do Senhor, visto que com frequência passamos por montanhas altíssimas, desfiladeiros, caminhos inóspitos, onde a vida teima em surgir e é rechaçada pelo calor do meio-dia ou pela baixa temperatura nas madrugadas do deserto”, revela o pastor.
Semanalmente, o pastor e sua esposa, a missionária Priscila Godoi, sobem a 2.500 m de altura e, recentemente, chegaram a 4.500 m. Isso produziu neles um pouco de taquicardia, dores de cabeça e mal estar.
Tamanho esforço é recompensado pelos momentos de alegria que podem compartilhar com os irmãos que vivem nessas localidades quase que inacessíveis.
Em Huara, uma pequena vila que em 2005 foi quase totalmente devastada por um terremoto, cerca de 20 irmãos fiéis se reúnem numa casa feita de barro e palha. A maioria desses irmãos é de ascendência indígena e, apesar dos poucos recursos e quase nenhuma infraestrutura para um templo, não deixam de ter seus momentos de adoração a Deus.
Em Poço Al Monte um missionário da terra prossegue, tenazmente, na implantação da igreja numa comunidade Aymará. A cidade está localizada mais ao sul de onde estão os missionários, mas ainda faz parte do Deserto do Atacama. Segundo o pastor Claudinei, a aparência do local impressiona. Pequenas casas construídas com material de baixa qualidade e a paisagem extremamente seca fazem com que o cenário pareça triste e desolador. O obreiro da terra, pacientemente, procura “algumas de suas ovelhas”, enquanto no modesto salão onde se reúnem um alto-falante toca músicas cristãs anunciando que o culto vai começar. Poucas pessoas aparecem, mas o pastor persevera em sua missão de cumprir o “ide” de Jesus.
“Temos ‘sonhos’ para o deserto. Nesses anos de ministério, aprendi que a fé não é controlada pela lógica, não limita suas possibilidades ao visível e não ouve apenas o audível. Apesar de todas as evidências, acredito que existe muito mais vida neste deserto do que aquilo que posso ver com meus olhos”, analisa o pastor.
Fonte: JMM

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