Evangélico
pode comer ovo de Páscoa? Com a proximidade da data que se comemora
neste domingo fica a pergunta: comer os simbólicos ovos de chocolate não
desvirtua o real sentido do evento?
O motivo é que a data nada tem a ver com ovos, sendo uma festa
judaica e lembrada pelos cristãos como o tempoem que Jesus morreu na
cruz e depois ressuscitou.
Assim surge a pergunta: Os evangélicos comem ovos de Páscoa?
Para entender o assunto, e responder a questão, o escritor,
conferencista e Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, rev.
Augustus Nicodemus explica em um artigo em seu blog, sobre o significado
da Páscoa e a importância do evento para os cristãos.
Segundo Nicodemus, a Páscoa é uma festa judaica que se refere ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento.
Neste dia, ele explica, o anjo da morte “passou por cima” das casas
dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os
primogênitos. Depois disso, os israelitas saíram do Egito, livres da
escravidão de 400 anos e o dia foi instituído como festa da “páscoa” por
Moisés.
A festa, tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, quando
sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem
fermento.
Segundo o reverendo, Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a
celebração em Jerusalém, tendo sua morte ocorrida numa sexta, e sua
ressurreição num domingo.
Na quinta-feira, Jesus determinou aos seus discípulos que comessem
pão e tomassem vinho em memória dele. “Estes elementos simbolizavam seu
corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma
referência antecipada à sua morte na cruz”.
Nicodemus esclarece, assim, que a Páscoa não é celebrada pelos
cristãos, pois é uma festa judaica. É um momento em que se lembra o
sacrifício de Jesus, e se come pão e vinho em memória dele.
“E isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo”, faz ele a ressalva.
Para concluir, ele afirma que coelhos, ovos e outros apetrechos
populares que foram acrescentados ao evento, nada têm a ver com o
significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos
cristãos.
O que fazer então com a Páscoa, bem como as crendices acrescentadas a ela? O teólogo deixa sugestões:
(1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião;(2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira;
(3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.
Fonte: Christian Post
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