A “Primavera Árabe”,
movimento político e religioso que está levando países muçulmanos a
serem governados por grupos islâmicos ultrarradicais, está criando uma
grande preocupação na comunidade cristã internacional pelos cristãos que
vivem no Oriente Médio.
Essa preocupação tem sido destaque em discursos de lideranças cristãs
e em diversos meios de comunicação internacionais. Em sua mensagem de
Páscoa, o papa Bento XVI pediu, segundo a Folha.com, pelo fim dos
confrontos na Síria. Ele falou também de sua preocupação pelos cristãos,
do mundo inteiro, que sofrem pela sua fé e são perseguidos.
A edição pascal da revista britânica “The Spectator” também tratou do
assunto e afirmou que, para os cristãos que vivem na região, “a
primavera virou inverno e a sobrevivência deixou de ser uma certeza”. De
acordo com a publicação, nos inícios do século 20 os cristãos árabes
representavam 20% da população total, e hoje são apenas 5%.
No Iraque, o número de cristãos diminuiu de 1,4 milhões de pessoas
para apenas 400 mil, nos últimos 10 anos. Essa redução foi causada por
diversos fatores, como a destruição de igrejas; a morte de fiéis; e a
fuga do país, que representa entre 800 a 900 mil cristãos abandonando o
Iraque.
Na Síria, país que vive uma guerra civil, mais de 50 mil cristãos
foram expulsos, apenas da cidade de Homs, nos últimos meses de
confrontos. No Egito 200 mil cristãos deixaram as suas casas em
Alexandria, Luxor ou no Cairo, apenas no ano de 2010.
Apenas um país na região vivenciou o crescimento da população cristã.
Com um aumento de 2.000% de cristãos nas últimas seis décadas, Israel
tem servido de abrigo para a comunidade cristã.
De acordo com o escritor português João Pereira Coutinho, Israel é um
estado racista e intolerante, mas que, paradoxalmente, “na hora do
aperto, é a escolha nº 1 das vítimas do racismo e da intolerância”.
Fonte: Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário