Uma revolta das lideranças católicas americanas é mais um problema que deve ser enfrentado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Segundo o jornalista Luis Megale, correspondente do grupo Bandeirantes nos Estados Unidos, a Conferência de Bispos dos Estados Unidos divulgou um comunicado interno atacando Obama por introduzir na reforma de saúde métodos contraceptivos, operações de esterilização e remédios indutores de aborto, no caso, a chamada pílula do dia seguinte. A alteração é obrigatória para empresas de planos de saúde empresariais.
O texto foi lido por padres em centenas de missas católicas em todo o país no último domingo. Segundo as lideranças católicas, a determinação vai contra os princípios da igreja.
Em nota, a Igreja Católica afirmou que “pessoas de fé não podem ser tratadas como cidadãos de segunda classe. Nossos pais e antepassados não vieram a esta terra para que seus descendentes tivessem arrancados de si seus valores concedidos por Deus”.
O arcebispo que lidera o catolicismo no país disse ainda que a legislação norte-americana nunca obrigou seus empregadores católicos a comprarem e distribuírem produtos e substâncias que vão contra a consciência religiosa e pede que a lei seja revogada. A Casa Branca não comentou o caso e disse apenas que as empresas têm um ano para se adequar.
A Conferência de Bispos pede que a lei seja revogada. Caso contrário, os fiéis terão duas alternativas: enfrentar uma lei federal, ou violar a própria consciência.
Corrida eleitoral
A determinação do presidente às vésperas das eleições no país já foi usada pelo seu adversário Newt Gingrich tanto contra o presidente Barack Obama e também o pré-candidato Mitt Romney.
Nos Estados Unidos, cerca de 22% da população é formada por católicos – o maior grupo religioso do país. Entretanto, segundo o censo, 95% dos católicos afirmam que usam algum tipo de contraceptivo e 89% acham que o assunto se refere ao casal e não a lideranças da igreja.
Fonte: Eband
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