Em ano eleitoral, Barack Obama é chamado de “bom cristão”, “muçulmano” e “pagão”
Embora se declare cristão, o presidente norte-americano Barak Obama não frequenta uma igreja regularmente. Isso já é motivo para ser criticado pelos tradicionais eleitores norte-americanos.
Recentemente, os ataques contra a fé do presidente só vêm crescendo. Durante a campanha deste ano, o pré-candidato republicano Rick Santorum afirmou que a “agenda do presidente Obama é forjada por uma teologia que não está baseada na Bíblia”.
Os opositores de Obama do partido Republicano têm enfrentado publicamente uma troca de acusações e insinuações maldosas por conta de sua opção religiosa. Mitt Romney é um mórmon conhecido, Newt Gingrich e Rick Santorum afirmam ser católicos, enquanto Ron Paul não gosta de falar sobre o assunto, mas sua postura está mais afinada com o discurso histórico dos protestantes.
De uma maneira ou de outra, todos sabem que a religião ainda influencia o eleitor americano, por isso questionam o cristianismo de Obama. Alguns grupos religiosos chegaram a pedir que eles mantenham ataques religiosos fora da campanha. Outro grupo, com mais de 100 sacerdotes (evangélicos e católicos), teólogos e líderes denominacionais, assinou uma petição protestando contra o uso da religião como uma “arma política” nas eleições.
Porém, o jornalista Jeffrey T. Kuhner, do Washington Times, escreveu uma matéria que reascendeu a polêmica. Ele acusa Obama de seguir uma religião neo-pagã e não ser um verdadeiro cristão. “Obama e seus aliados liberais abraçaram o ambientalismo radical, que é uma forma de neo-paganismo. O movimento verde, conhecido pela farsa do aquecimento global produzido pelo homem, já pode ser considerado uma pseudoreligião. Ambientalistas adoram a Gaia, a Mãe-Terra, e transformaram-na em uma deusa secular. Eles acreditam que a civilização industrial deve estar subordinada a uma agenda verde socialista… A “teologia” verde de Obama supera os interesses econômicos dos americanos. O presidente está quase se comportando como um fanático religioso…
Durante mais de 20 anos, foi membro da igreja liderada pelo reverendo Jeremiah Wright, em Chicago… Contudo, Wright é um conhecido defensor da teologia da libertação negra. Trata-se de uma ideologia política disfarçada de fé religiosa. Ele combina citações da Bíblia com discursos nacionalistas e o imperialismo antiocidental. A teologia de Wright substitui Cristo por Karl Marx. Ele acredita que os Estados Unidos são dominados pela supremacia branca e ao mesmo tempo são responsáveis pela opressão e pobreza do Terceiro Mundo, especialmente os povos muçulmanos do Oriente Médio…
Uma coisa me parece ficar clara e óbvia: O presidente parece mais um radical secular progressista que um verdadeiro cristão. Ele tem mais em comum com Vladimir Lenin do que com Jesus Cristo…”.
Semana passada, Franklin Graham, filho do evangelista Billy Graham, questionou publicamente a fé cristã do presidente. Afirmando “não saber” se o presidente Obama é cristão, advertiu que os cristãos que votarem pela reeleição do presidente estão “comprometendo” sua própria fé.
O pastor Jesse Lee Peterson, um forte líder político e religioso da Louisiania, foi mais enfático: “Estou convencido que, sem sombra de dúvida, Barack Hussein Obama não é cristão… A ideia recente do presidente Obama em obrigar hospitais a distribuírem contraceptivos é um ataque à consciência cristã… Sabemos plenamente sobre a “conexão espiritual” que os EUA têm com Israel e vemos que Obama não é amigo do Estado judeu. O pastor Franklin Graham disse que Obama está mais preocupado com a situação dos muçulmanos que com a dos cristãos que estão sendo assassinados nos países muçulmanos… Concordo com Santorum que esta é uma “guerra espiritual” e que “Satanás tem como alvo os EUA”… O Mal sabe que a maioria dos cristãos brancos foram intimidados e hoje têm medo de enfrentá-lo. Especialmente quando ele está operando na forma de um presidente americano socialista negro, que parece estar mais em harmonia com Maomé do que com Cristo”.
Rapidamente, muitos pastores passaram a defender Barack Obama no tocante a sua religião. Um grupo de líderes defendeu publicamente as crenças espirituais do presidente, lembrando o apoio de seu governo a grupos religiosos e rejeitando as acusações conservadoras que a Casa Branca está travando uma guerra contra a religião.
O pastor Joel Hunter, da Igreja Northland, de Orlando, Flórida, é uma espécie de “conselheiro espiritual” do presidente. Ele afirma enviar devocionais toda semana para Obama e ora regularmente com o presidente. Hunter falou em uma teleconferência com oito líderes religiosos, onde todos puderam atestar as posições claramente cristãs do presidente.
“A relação do governo federal com grupos religiosos é mais forte do que nunca”, disse a pastora Peg Chemberlin, presidente emérito do Conselho Nacional de Igrejas. “A liberdade religiosa é respeitada, enquanto as parcerias do governo com grupos religiosos só estão aumentando”, disse ela.
De acordo com dados divulgados recentemente, instituições de caridade religiosas católicas receberam mais de US$ 650 milhões durante a presidência de Obama. O dinheiro, vindo do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, faz do governo um dos maiores financiadores de grupos religiosos. A Conferência de Bispos Católicos Americanos recebeu 81,2 milhões dólares em subsídios federais durante os primeiros três anos de Obama, quase US $ 10 milhões a mais que durante os três últimos anos da presidência de Bush.
Traduzido e adaptado de God Discussion e Huffington Post
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