domingo, 12 de fevereiro de 2012

Grupo cristão impede massacre no Pará


Um grupo de cristãos da c, impediu que o linchamento de um rapaz que teria cometido um suposto assalto e seria um marginal na região, terminasse em seu assassinato.
O homem, identificado apenas como “cara de cavalo” foi socorrido pela Polícia Militar que o conduziu dentro do camburão até a Unidade Municipal de Saúde (UMS), onde ele ficou aguardando a remoção para um hospital de urgência e emergência.
“O moleque é perigoso. A população só não o matou mesmo porque o pessoal da igreja não deixou”, relatou uma testemunha que não quis se identificar, segundo o Diário do Pará.
O homem sangrava muito e, segundo o técnico de enfermagem Mauro Pimentel, 40 anos, o “Cara de Cavalo” pode ter sofrido traumatismo craniano, dados os graves ferimentos que ele tinha na cabeça devido às muitas agressões.
Reações em massa com o objetivo de “fazer justiça” a um suposto criminoso são comuns no Brasil, apesar de o país não prever a pena de morteem seu Código Penal.
Muitas pessoas na sociedade defendem a atitude, que passa longe de qualquer julgamento, averiguação do fato ocorrido ou mesmo de defesa por parte do “réu”.
A bacharel em direito Jéssica Kalineexplica que quando a comunidade toma esse tipo de atitude, está cometendo um delito muitas vezes mais grave do que o do ‘bandido’.
“Do ponto de vista da lei, o que as pessoas chamam de justiça é prática de homicídio qualificado”, afirma. Ela explica que a atitude faz com que muitas vezes uma pessoa que supostamente cometeu um delito tenha seu bem mais precioso, a vida, roubada pelas pessoas.
Ela completa: “a comunidade acaba agindo sem ter o esclarecimento do que realmente estão fazendo quando cercam uma pessoa e o espancam”.
Os espancamento também constitui um crime, mas dificilmente é punido, segundo a especialistaem direito. “Quandoa polícia chega, ninguém diz que bateu e dificilmente é aberta uma investigação para apurar quem bateu em um ladrão”.
Enquanto fica o impasse de quando e como se fazer justiça, o crime de linchamento continua a ocorrer em diversas partes do Brasil.
Fonte: Christian Post

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