terça-feira, 27 de setembro de 2011

Manuscritos podem ser vistos pela internet


Agora já não é preciso ir a Jerusalém para ver em pormenor os Manuscritos do Mar Morto. Pelo menos cinco fragmentos desta vasta coleção de textos encontrados em Qumran, nas décadas de 40 e 50 do século passado, foram digitalizados e colocados online, numa colaboração entre o Museu de Israel em Jerusalém e a Google.
O Projecto Digital dos Manuscritos do Mar Morto já está online e disponibiliza cinco manuscritos (Livro de Isaías, Guerra, Templo, Regras da Comunidade e Comentário de Habacuque), acompanhados por textos e vídeos explicativos.
Segundo o blog oficial da Google, as imagens dos manuscritos têm uma definição 200 vezes superior à de uma câmara fotográfica digital comum: cada uma tem cerca 1200 megapíxeis.
Os Manuscritos do Mar Morto são as cópias mais antigas da Bíblia hebraica. Desde que foram encontrados, apenas um reduzido número de investigadores pôde consultá-los. Só há dez anos foram publicados na sua totalidade.
Ao todo, são mais de 800 documentos, descobertos em grutas na zona de Wadi Qumran, perto do Mar Morto. São praticamente os únicos documentos bíblicos do primeiro século da era cristã (e alguns possivelmente do século III a.C.) que chegaram até hoje, além de serem também um dos mais antigos testemunhos do judaísmo.
Conta-se que em 1947 um pastor entrou numa gruta e encontrou uma série de ânforas cheias de rolos de papiro. Numa investigação arqueológica posterior foram descobertas mais onze cavernas onde se encontravam centenas de manuscritos. Acredita-se que foi a comunidade dos essénios, uma seita judaica esotérica e ascética, que escreveu os manuscritos, cujo valor histórico passa pelo fato de não terem sido revistos ou censurados.

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