Um ativista homossexual interrompeu uma missa
realizada na paróquia em Teignmouth, Inglaterra. Enquanto o sacerdote se
preparava para ler uma carta da conferência de bispos da Inglaterra,
posicionando-se contrária aos esforços do governo para legalizar o
casamento de pessoas do mesmo sexo, um rapaz se levantou e ligou sua
câmera de vídeo.
O padre, de pé no púlpito, encara a câmera que se aproxima e
pergunta: “O que é isso?” A respostas que ouviu foi: “Prossiga. É só um
registro do que você está prestes a dizer”.
O padre pede para o rapaz sentar e ele concorda. Mas quando o
sacerdote ouve que o vídeo será postado na internet, se recusa a ler a
carta, temendo novas perturbações. Imediatamente se oferece para lhe
entregar a carta após a missa, ao invés de ler seu conteúdo
publicamente. Então o ativista foca a câmera sobre a congregação e diz:
“OK, estamos todos felizes com isso? Sim? Vocês não querem ouvir? Que
bom”.
Um paroquiano grita, “Sente-se”, e o ativista garante aos féis
surpresos que ele sairá “daqui a um momento”, mas antes quer saber se
algum deles “se sente tão desconfortável quanto eu me sinto” sobre a
oposição da Igreja ao “casamento gay”. Ele diz que se sente “muito,
muito desconfortável com você fazer julgamentos sobre meu estilo de
vida, pois eu não tenho escolha.”
Um outro paroquiano responde, “Você está nos julgando”. Ele responde:
“Sim, eu estou julgando vocês, porque vocês estão me julgando… através
do apoio da Igreja Católica e sua atitude em relação a mim”.
Ele sugere que os paroquianos “examinem sua consciência” e “se alguém
se sentir desconfortável com esta afirmação que o pregador está com
muito medo de ler, então talvez gostaria de se juntar a mim e sair da
igreja.” O vídeo foi alterado para que as pessoas presentes não sejam
identificadas.
O ativista afirma na página do YouTube que ele decidiu interromper a
missa em nome do movimento homossexual, mas que não tinha a intenção de
“perturbar ou ofender ninguém.”
“Até o momento eu estava sentado no banco da igreja, minha intenção
era simplesmente filmar o sacerdote lendo a carta, em seguida publicar o
vídeo no YouTube para estimular a discussão”, escreveu ele. Mas com a
decisão do padre em não ler a carta, ele se sentiu encorajado a
discursar.
O vídeo recebeu centenas de comentários no YouTube, alguns a favor, outros contra.
Segundo Neil Addison, advogado especialista em discriminação
religiosa, o padre pode recorrer à lei. É crime na Inglaterra e na
Escócia interromper um serviço religioso, intimidar ou perseguir os
ministros. Embora Addison ressalte que essas leis foram elaboradas no
século 19, e são amplamente “consideradas obsoletas hoje” ainda
continuam válidas e podem ser usadas para punir quem gera desordem
pública ou faz ameaças a religiosos.
O incidente postado no Youtube mostra que os ativistas anticristãos estão se tornando cada vez mais ousados e agressivos.
A questão da oficialização religiosa do casamento gay na Grã-Bretanha
tornou-se foco de um debate que tomou conta do país, especialmente
depois que o primeiro-ministro conservador David Cameron abriu uma
consulta pública de 12 semanas sobre como será feita essa legalização. O
casamento gay civil já existe no país e garante aos parceiros os mesmos
direitos dos casais heterossexuais.
Segundo a lei vigente no Reino Unido, as igrejas não são obrigadas a
fazer cerimônias religiosas para casais LGBT. Enquanto setores da Igreja
Anglicana já disseram não se opor, os católicos têm resistido em
aceitar. Mas as lideranças receiam que, uma vez oficialmente sancionado o
casamento gay, as igrejas poderiam enfrentar problemas legais se
continuarem a se recusar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário