Um problema no telhado de uma igreja pode dar ao mundo moderno a chance de ver a Arca da Aliança pela primeira vez. A Arca é descrita na Bíblia como o local onde eram guardadas as tábuas dos Dez mandamentos e outros objetos sagrados, como a vara de Arão e um pouco de maná.
Ela também servia como um veículo de comunicação entre Deus e o povo de Israel quando o tabernáculo foi erguido no deserto, explica o livro de Êxodo.
Ela foi utilizada pelos hebreus como parte do culto judaico no Templo de Salomão até seu desaparecimento, que acredita-se ter ocorrido durante a conquista de Jerusalém pela Babilônia, no século 6 antes de Cristo.
Segundo a tradição judaica, o profeta Jeremias foi a pessoa responsável por escondê-la.
Desde então quase nada se sabe sobre seu paradeiro. A busca pela arca tornou-se “popular” desde a exibição do filme “Indiana Jones e os caçadores da arca perdida” dirigido por Steven Spielberg em 1981.
Existe uma antiga reivindicação dos cristãos ortodoxos da Etiópia que eles guardam a Arca há séculos. Desde 1960 ela, aparentemente, está na capela de cidade de Aksum, apelidada de “a capela das tábuas da lei”, que fica ao lado da igreja Santa Maria de Sião e é cercada de mistérios.
Ninguém está autorizado a ver o objeto sagrado, descrito nas Escrituras como uma caixa de madeira de acácia, revestida de ouro e sobre ela estão dois querubins de ouro. Supostamente, a única pessoa que tem visto a arca nas últimas décadas é um monge idoso e solitário, que se comprometeu a zelar pela Arca durante toda a sua vida.
Ele não é autorizado a sair do terreno da capela e ninguém mais pode ter acesso à ela.
Porém, essa capela, construída pelo líder etíope Imperador Selassie Hailie, precisou ser coberta por uma lona para impedir que a chuva prejudicasse o tesouro arqueológico. Os danos causados pelas chuvas recentes podem determinar uma mudança drástica.
Pela primeira vez em décadas os religiosos e aventureiros podem ter uma oportunidade de vê-la. O fotógrafo e jornalista britânico Tim Makins, especializado em fotos de viagens para publicações de turismo, visitou a igreja durante uma passagem pela Etiópia meses atrás.
Ele afirma que essa necessidade de moverem a Arca pode ser uma das melhores maneiras de finalmente ficar provado, ou não, que ela está na Etiópia.
Tim disse: “Durante a minha visita mais recente à igreja, fiquei surpreso ao ver o terreno ao lado da capela sendo limpo e nivelado por trabalhadores. Há uma grande quantidade de pedras usadas para construção empilhadas nas proximidades.”
Os responsáveis pela construção da lendária capela, na década de 1960, não contavam com as mudanças climáticas na região. O telhado da igreja apresenta alguns vazamentos grandes, que exigem uma reparação integral. Como medida preventiva, uma lona foi colocada sobre o teto da capela, mas para uma reforma completa, o telhado deve ser retirado e reconstruído. Portanto, esse local ao lado seria um “lar temporário” para a Arca.
Tim afirma que a construção da nova capela temporária deve levar mais de três meses, segundo as estimativas dos trabalhadores e líderes religiosos com quem ele conversou sobre o assunto.
O fotógrafo comemora a possibilidade de revelar o mundo as primeiras imagens desse tesouro. “Quando o trabalho for concluído, a Arca da Aliança terá de ser levada para esse novo local. Isso muito dificilmente poderá ser feito apenas pelo monge que a guarda. A Bíblia diz que a Arca mede cerca de 1,30 metro de comprimento, 0,80 de largura e 0.80 de altura. É improvável que ela seja carregada apenas por uma pessoa. As Escrituras dizem que existem duas varas que são encaixadas na lateral da Arca para carregá-la e são necessárias duas pessoas.
Caso o fotógrafo Tim Makins esteja certo, dentro de alguns meses a Arca terá de ser retirada da capela e depois que a reforma terminar, ser levada de volta. Ainda que a distância seja pequena, nessas duas oportunidades o mundo poderá esclarecer de maneira definitiva se a tradição etíope sobre o paradeiro da Arca da Aliança realmente é verdadeira.
Via Gospel Prime
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