Uma campanha publicitária de uma marca de roupas italianas provocou grande polêmica entre católicos e líderes políticos. A campanha mostra o Papa Bento XVI beijando o imã do Cairo, Ahmed Al Tayyeb, líder religioso do Egito em fotomontagens.
Após a divulgação das imagens, o vice-presidente da Benetton, empresa responsável pela campanha, Alessandro Benetton, afirmou que “trata-se de imagens simbólicas – com um toque de esperança irônico e de provocação construtiva – para promover uma reflexão sobre a maneira pela qual a política, a religião, as ideias, mesmo se opostas e diversas, podem levar ao diálogo e à mediação”.
Segundo o G1, a repercussão, porém, não foi das melhores entre os fiéis católicos e a liderança do Vaticano, que repudiou a imagem. “Trata-se de uma grave falta de respeito com o Papa, uma ofensa aos sentimentos dos fiéis, uma demonstração evidente de como uma publicidade pode violar as regras elementares do respeito às pessoas para atrair a atenção mediante uma provocação”, afirma a nota divulgada pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
A campanha intitulada “UnHate” (não odeie) mostrou outras imagens de personalidades influentes no mundo, como o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama beijando o Hugo Chávez, Presidente da Venezuela.
Em resposta ao repúdio da Igreja Católica, a empresa anunciou a retirada de veiculação das imagens que envolviam o Papa Bento XVI. “Lembramos que o sentido desta campanha é exclusivamente combater a cultura do ódio sob todas as formas”, destacava a nota oficial, que expressou um pedido de desculpas aos católicos e lamentou ter “ofendido os sentimentos dos fiéis”.
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