O Estado do Rio de Janeiro vai comprar oito supercaveirões que começarão a circular na cidade até junho, quando ocorre a Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa Bento 16. Investimento será em torno de R$ 11 milhões.
No edital de licitação, o governo justifica a aquisição dizendo que os equipamentos, armamentos e, sobretudo os blindados, das polícias Civil e Militar são “obsoletos e defasados”, o que tem comprometido, inclusive, as ações voltadas para pacificação de territórios dominados pelo tráfico.
“(…) o agente profissional de polícia, seja civil ou militar, que em decorrência da lei tem o dever de agir, por vezes não o faz, ao contrário, faz sem segurança, o que gera número de lesionados e feridos mortalmente, por falta das condições mínimas de trabalho que lhes garantam segurança e salubridade”, diz outro trecho da justificativa da licitação.
Os novos caveirões terão tecnologia dos EUA, Israel e da África do Sul. Serão quatro para o Bope, dois para o Batalhão de Choque e dois para Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O valor estimado do investimento é de R$ 11 milhões. A concorrência pública para a compra será internacional. O edital deve ser publicado no final deste mês. Quem ganhar a licitação também será responsável pela manutenção dos veículos durante cinco anos.
Os superblindados impedem perfuração na carroceria até de metralhadora .50, são capazes de operar sem perder desempenho em temperaturas de 0°C a 45°C, o sistema de ar-condicionado funciona com o motor desligado.
Menos poluição
O diesel utilizado será o S10, que é menos poluente. Além disso, os caveirões são mais leves e velozes, facilitando o seu deslocamento.
Atualmente, a Polícia Militar tem 16 blindados, sendo que dois estão em manutenção. A Polícia Civil tem quatro, e um deles não está funcionando hoje. Segundo a própria assessoria de imprensa do órgão, são carros-fortes adaptados para o uso policial.
Preparados para ataques terroristas
Uma das finalidades dos novos caveirões será atuar em possíveis ações contra atentados terroristas durante a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por isso, a preocupação do Estado é colocar os veículos dentro de um padrão internacional de segurança.
Uma das exigências no edital, por exemplo, é que as rodas suportem não apenas disparos de armas, mas também granadas e fogo. E também que tenham capacidade de rodar por 20 km em caso de pequenos furos nos pneus. O caveirão também deverá ter sistema automático no compartimento do motor, para detectar em segundos um incêndio, mesmo de pequena proporção.
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Fonte: O Dia
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