Padre travesti é preso por tráfico
O caso do monsenhor Kevin Wallin, da Diocese Católica
Romana de Bridgeport, Connecticut (EUA), continua repercutindo na
imprensa e gerando um amplo debate.
O sacerdote foi preso em 3 de janeiro, acusado de vender 22 gramas da
droga metanfetamina com 98,5% de pureza para agentes disfarçados da
polícia federal em sete ocasiões diferentes. Ele também recebeu um
carregamento da droga de traficantes da Califórnia em dezembro.
A polícia americana afirma que ele fazia parte de uma rede nacional
de tráfico e alugou dois apartamentos para promover festinhas onde havia
prostituição e consumo de entorpecentes. Estima-se que ele movimentou
mais de US$ 300.000 vendendo as drogas em seu apartamento somente no
segundo semestre do ano passado. Os agentes federais dizem que possuem
gravações feitas nas escutas telefônicas dos celulares do padre.
Como parte do processo para lavar o dinheiro do tráfico, o padre
comprou uma sex shop chamada “Land of Oz” na cidade vizinha de North
Haven.
O monsenhor de 61 anos também tinha o hábito de se vestir de mulher e
manter relações sexuais com homens na reitoria do templo. Ele dirigiu a
Paróquia Santo Agostinho, em Bridgeport, durante nove
anos. Anteriormente, foi responsável por seis anos pela Igreja de São
Pedro, em Danbury.
Ele estava licenciado da igreja desde junho de 2011, alegando
problemas de saúde e pessoais. Quando as primeiras acusações surgiram,
em maio passado, ele foi suspenso pela Diocese de Bridgeport. O
porta-voz da diocese, Brian Wallace, disse ao jornal Connecticut Post:
“Soubemos que ele estava tendo relações sexuais com homens na reitoria
da igreja”, por isso o sacerdote foi afastado dos ofícios.
Em um comunicado oficial, a diocese declarou apenas “A notícia da
prisão do Monsenhor Kevin Wallin foi um choque nos gerou preocupação dos
fieis que o conheceram como um padre capaz, talentoso e
compassivo. Pedimos orações pelo Monsenhor Wallin durante os difíceis
dias que tem pela frente”.
Elizabeth Badjan, uma fiel que pertence à congregação de Santo
Agostinho, disse que era necessário rezar muito por ele. “Este é um
trabalho do maligno… Ele não estava perto o suficiente de Deus. Foi
tentado pelo diabo.”
A organização “Voz dos Fiéis da Diocese de Bridgeport” declarou que a
prisão do monsenhor chamou a atenção para problemas maiores dentro da
igreja. “Os católicos têm de perguntar se a obrigatoriedade do celibato
não impõe uma carga prejudicial aos sacerdotes e se as mulheres
poderiam ser admitidas no sacerdócio… A queda constante de padres, o
envelhecimento dos sacerdotes, o terrível pecado de pedofilia entre os
sacerdotes são sinais de uma doença no sacerdócio atual. É tempo de
buscar um remédio para esta doença terrível que ameaça a vida católica”
Chamado pela imprensa de “monsenhor Meth”, ele se declarou culpado
no primeiro encontro com o juiz e seu julgamento está marcado para
começar dia 21 de março. Ele pode pegar até 10 anos de cadeia.
O procurador do Estado, David Fein, disse que as autoridades
estaduais e federais trabalharam juntas para resolver o caso e não
esperavam que um religioso estivesse envolvido. Traduzido de Wkrn.
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