Não importa o quanto os governos e especialistas desmintam a
possibilidade de o mundo acabar dia 21 de dezembro, teorias divulgadas
na Internet tem gerado pânico em vários lugares do mundo.
Até mesmo a NASA já desmentiu a possibilidade, mas muito se fala
sobre o mítico planeta Nibiru, que poderia se chocar contra a Terra.
O pico Bugarach, uma montanha de 1.231 metros situada no sul da
França, onde vivem 188 pessoas, é apontada como um dos únicos lugares
seguros do mundo. O pequeno povoado, aos pés do maciço de Corbières e
dos Pirineus, seria uma espécie de “pista de aterrissagem” para uma nave
de extraterrestres. Segundo movimentos da Nova Era, eles poderão salvar
algumas pessoas que estiverem no local. Embora o prefeito já tenha
avisado que não quer “turistas apocalípticos”, há quem peça na internet
2,5 mil euros por barracas e tendas de campanha que podem ser instaladas
nas florestas próximas ao refúgio e até mesmo a oferta de um “bunker”
no local por 25 mil euros.
Segundo o relatório de 2010 da comissão francesa de luta contra as
seitas, Miniviludes, “os adeptos do pico Bugarach propagaram diversas
hipóteses ligadas às teorias apocalípticas: terremotos, tsunamis,
inversão dos pólos magnéticos, aumento da atividade solar e a colisão
com o planeta Nibiru”.
Ron Hubbard, que fabrica abrigos subterrâneos para sobrevivência de
furacões, disse ter visto uma explosão no seu negócio. “Passamos de um
por mês para um por dia”, disse. “Eu não tenho uma opinião formada sobre
o calendário maia, mas quando os astrofísicos começaram a vir, comprar
meus abrigos e me dizer para estar preparado para erupções solares,
radiação, pulsos eletromagnéticos… Decidi que vou ficar debaixo da terra
do dia 19 até o dia 23. é melhor me prevenir, caso algum deles esteja
certo”. Os abrigos fabricados pela Atlas, empresa de Hubbard, devem ser
enterrados a, no mínimo, 8 metros de profundidade e o mais barato sai
por 15 mil dólares.
Na Rússia viu pessoas em Omutninsk, na região de Kirov, correndo para
comprar querosene e suprimentos depois de um artigo de jornal,
supostamente escrito por um monge tibetano, confirmou o fim do mundo
para dia 21. Em Barnaul, perto das montanhas de Altai, os moradores
compraram todas as lanternas e garrafas térmicas disponíveis no mercado.
Dmitry Medvedev, o primeiro-ministro russo, chegou a falar sobre a situação na TV, tentando acalmar a população.
Na China, que não tem um histórico de preocupação com o fim do mundo,
testemunhou uma onda crescente de paranóia sobre o apocalipse desde o
lançamento do filme “2012″, três anos atrás. Como o longa foi um sucesso
na China, os telespectadores parecem ter assimilado a mensagem de que
algo terrível ocorrerá com a humanidade. Na província de Sichuan, por
exemplo, nos últimos dias houve uma corrida às lojas para se comprar
velas. O motivo seria uma mensagem divulgada na rede social Sina Weibo
(similar ao Twitter)
sobre os “três dias de escuridão” que a Terra enfrentará a partir do
dia 21. Em vários supermercados da região acabaram os estoques de velas.
Enquanto isso, no México, local da antiga civilização maia, esse
“tempo do fim” está sendo encarado como uma boa oportunidade de lucro. O
país divulgou que o turismo quase dobrou na região este ano e centenas
de eventos serão realizados para comemorar o “apocalipse maia”.
Pedro Celestino Yac Noj, um sábio maia, afirma que apenas queimará
sementes e frutos para marcar o fim deste calendário, em uma cerimônia
especial. Mas ele explica: “O dia 21 é para dar graças e o 22 saúda um
novo ciclo, um novo amanhecer.” Com informações de Telegraph.
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