sábado, 29 de setembro de 2012

Justiça determina que filme anti-Islã seja tirado do You Tube no Brasil


Justiça determina que filme anti-Islã seja tirado do You Tube no Brasil
A Justiça de São Paulo determinou a suspensão do You Tube vídeos com trechos do filme “A Inocência dos Muçulmanos”, cujo teor ofensivo à religião islâmica tem provocado manifestações violentas nos países árabes.
O pedido judicial partiu da União Nacional das Entidades Islâmicas, que representa outras 16 entidades ligadas à religião no país, segundo o G1. Tais entidades alegaram que o filme viola a Constituição por “ofender o direito à liberdade de religião”.
O juiz Gilson Delgado de Miranda, da 25ª Vara Cível assinou a decisão nesta terça-feira (25). O prazo dado ao Google, proprietário do You Tube, é de dez dias para que sejam retirados do ar todos os vídeos que contenham cenas do filme. A multa estipulada é de R$ 10 mil por dia de descumprimento da decisão  judicial.
A decisão judicial levou em conta os conflitos gerados pelo filme em todo o mundo e a morte do embaixador norte-americano da Líbia Chris Stevens bem como dois funcionários da embaixada.
Segundo o juiz Miranda, o caso é de difícil solução. “O caso realmente envolve uma questão complexa e de difícil solução. Em verdade, traz um conflito claro em relação à liberdade de expressão (art. 5, IV, da CF) e à necessidade de proteção de indivíduos ou grupos humanos contra manifestações que possam induzir ou incitar a discriminação de preconceito de religião”, escreveu o juiz na decisão.
O fato de o filme ser alvo de processos na justiça norte-americana movido pela atriz Cindy Lee Garcia, também pesou na decisão da justiça brasileira.
Cindy disse ter sido enganada pelo produtor Nakoula Basseley Nakoula sobre o verdadeiro conteúdo do longa, que teria sido previamente elaborado com idéias anti-islâmicas sem que os atores soubessem.  Além disso, falas e diálogos foram acrescentados já na edição final do filme, sobre as falas que os atores tinham feito durante a gravação.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+

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