O
pastor Sargento Isidório (PSB), deputado estadual na Bahia, polemizou
ao afirmar que a seca no Nordeste, considerada a pior dos últimos anos, é
consequência do avanço do pecado.
Isidório é responsável pela Fundação Doutor Jesus, um centro de
reabilitação voltado para dependentes químicos e localizado em Candeias,
região metropolitana de Salvador.
Identificando-se como “ex-homossexual, ex-drogado e ex-bandido”, o
pastor concedeu entrevista ao Bahia Notícias e afirmou que ficou
insatisfeito com a nota de repúdio que seu partido emitiu contra o
pastor Marco Feliciano (PSC-SP), por conta das declarações polêmicas
feitas a respeito da África e dos homossexuais.
A nota, segundo o pastor, seria de responsabilidade dos “viados e
viadas lá dentro [da direção do partido]“, e que a presidente estadual
do PSB, senadora Lídice da Mata, seria uma das incentivadoras dessa
postura: “Ela é de Oxum e eu sou de Jesus. Eu também já fui de Oxum
quando era homossexual”, revelou, antes de ressaltar não temer
represálias dos colegas de partido: “Se essas desgraças [partidos]
prestassem, eram inteiros”.
O pastor afirma que a homossexualidade é uma “afronta” a Deus, e isso
o estaria irritado, a ponto de Ele impor castigos à humanidade, como a
seca no Nordeste do Brasil, as enchentes no Sudeste, os atentados
terroristas em Boston e a ameaça de guerra da Coreia do Norte.
Para ele, líderes mundiais deveriam medir suas declarações a fim de
evitar mais catástrofes: “A Bíblia fala que, se nos últimos tempos se
multiplicasse a iniquidade, aconteceria esses fenômenos. Foi só Barack
Obama começar a falar em casamento gay que o bicho começou a pegar,
atentado em Boston, ameaça de Coreia do Norte”, enumerou, segundo o
jornal A Tarde.
No entanto, o pastor Sargento Isidório afirma que apesar de seu
abandono à homossexualidade, ainda precisa se policiar para evitar a
tentação: “O pastor é humano. Claro que eu tenho medo de recaída. Eu não
posso ficar junto de um homem muito tempo porque a carne é fraca”,
avisou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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